Apesar de possuir uso terapêutico, a maconha é uma droga que causa dependência química e por isso o uso demasiado dessa substância causa déficits centrais que podem levar a alterações cerebrais irreversíveis. Por outro lado, pesquisas realizadas em diversos países mostram que a utilização clinica da Cannabis sativa, nome científico da maconha, é muito mais relevante que os possíveis prejuízos causados aos usuários crônicos. Esses e outros impasses são relevantes na legalização da maconha, que possui prós e contras que dividem a opinião pública.
Um dos argumentos que fundamentam a importância da legalização para a sociedade é o uso da maconha para combater a falta de apetite, ânsias e vômitos, principalmente no tratamento de pacientes com alguns tipos de câncer, AIDS e Esclerose Múltipla. Em alguns países já existem medicamentos feitos a partir dos princípios ativos da maconha, o canabidiol e o Marinol são alguns deles, nos Estados Unidos e na Holanda o uso desses remédios é autorizado.No entanto, o maior contra da legalização da maconha é a relação existente entre o uso desta droga com a evolução dos usuários para outras inda mais potentes. Algumas pesquisas realizadas em países onde a maconha é liberada, indicam que o efeito de porta de entrada se deva ao convívio com traficantes e usuários de outras drogas, não aos efeitos da maconha em si. No Brasil, esse resultado é potencialmente verdadeiro, uma vez que a maioria dos usuários de maconha utilizam também outras drogas associadas.
Algumas campanhas a favor da legalização alegam que com a lei o trafico da droga bem como a violência relacionada ao consumo da mesma irão diminuir. Por outro lado, atualmente as penas cabíveis a usuários da maconha não são aplicáveis, exceto nos casos de tráfico em que o praticante é preso, mas na maioria dos casos não permanece muito tempo preso. Sendo assim, a legalização da maconha, que deu certo em alguns países, pode não ser tão benéfica para o nosso país.